Expectativas para o Campeonato Nacional FLL 2015/2016
É complicado viver nesse hiato entre o fim de uma temporada regional e o campeonato nacional da FLL uma vez que se participa deles. Esse período de reavaliação de estratégias, desafios, realinhamento de atividades e tarefas são necessários para que possamos nos preparar para uma das mais difíceis, mas não impossíveis fases do campeonato.
Sei que sou um dos juniores nesse tipo de competição mas também sou bem velho nela. Complicado mas existe um sentido nisso tudo. Lá em 1998 quando a LEGO Education ainda não existia, nem nenhum desafio do tamanho da FLL ainda havia sido iniciado, uma série foi apresentada em um colégio no interior de Minas para um certo número de alunos que eram muito curiosos e com vontade de fazer algo mais durante aquele período. Durante dois fins de semana pudemos colocar as mãos no famoso kit Mindstorms RCX. Sim, aquela maravilha tecnológica poderia fazer blocos simples se transformarem e movimentarem nossos sonhos de criança. Não era mais necessário desmontar carrinhos de controle remoto, tirar “luzinhas” dos brinquedos nem nenhuma gambiarra mais. Era necessário apenas fazer uma programação no computador e milagrosamente encaminhar para o Brick Inteligente (P-Brick) via infra-vermelho (a tecnologia mais inovadora sem fio até então).
Dá até uma vergonha de mostrar essa foto, mas sim, sou eu (sem barba nem bigode (NERD) aos 14 anos do lado esquerdo da foto) e dois amigos (Robert e Anderson) da época de escola técnica. A foto pode até parecer estranha mas é porque foi escaneada de um jornal, o Estado de Minas quando tivemos a oportunidade de apresentar o “Baratinha” que era o nosso robô.
Bem, passados tantos anos entre a pequena competição do colégio (onde ficamos em segundo lugar por um pequeno diferencial de tempo) e a FLL de 2014/2015 fizeram com que essa competição alcançasse um patamar até então desconhecido. Fui convidado para participar como juiz de design e palestrante sobre melhores técnicas de construção na etapa regional de Minas Gerais recebendo times mineiros, cariocas e capixabas. Nesse momento meus olhos brilharam como não faziam há muito tempo, e uma competição dessas poderia me abrir uma oportunidade única de apresentar um pouquinho do que fazia na sala de casa para mentes novas e curiosas em uma competição muito animada.
E assim comecei a participar graças a um convite da Débora (DHEL), Anete e Sabrina do SESI-MG que me fizeram fazer parte de um dos projetos que mais amo. Logo após veio o convite para o nacional para continuar como Juiz do campeonato nacional e poder colaborar mais um pouco com essa grande equipe que quer fazer do Brasil um país melhor. Lá estive com bons amigos de várias áreas e que me ensinaram que todos tinham uma história e um jeito diferente de ver a robótica e o LEGO para essas crianças. Formas diferentes de como eu via e de como interagia com elas.
E foi nessa animação que começaram alguns projetos onde o mais famoso até então é o AprendaRobótica que vocês já devem conhecer. Nele conseguimos convidar alguns dos maiores ícones do cenário da robótica educacional no Brasil pra divulgar um pouquinho do conhecimento de cada um nas áreas de estratégia, programação, core values, design de robô e pesquisa. Tanta gente boa que é impossível não citar o tanto que aprendo com cada um deles em cada encontro ou conversa rápida. O mais interessante? Nunca conseguimos encontrar todos os professores ao mesmo tempo, no encontro nacional desse ano que teremos essa primeira oportunidade (entre muitas!).
Espero que tenham gostado um pouco desse meu momento na história e continuem aqui, novidades aparecerão sempre por aqui!